O primeiro começa no terceiro.
Percorridos: 1150 km
Para minha primeira viagem, o destino era o 3º Moto Amizade em Pinhalzinho, Oeste de Santa Catarina. Viagem pra durar o final de semana inteiro incluindo o encontro e mais umas visitas. Pelo Google Maps eu calculei fazer perto de 1200 km. Durante a semana aproveitei pra fazer uns contatos e achar alguém pra ir junto, pois seria uma viagem tranqüila, aonde de quebra eu passaria pela casa de meus pais, local que era certo uma boa estadia com janta, banho quente e tudo mais.
08/02/08, Sexta-feira, 13h00min era meu tempo limite para partir, depois do almoço fui pra casa, peguei a mochila, capacete, luva, jaqueta, bota e umas roupas, Ahh escova dental e desodorante... Pois estava um calor de trinta e poucos. Desci na garagem, desembalei a moto, tirei o cadeado de disco, enquanto o motor esquentava na lenta, coloquei o equipamento. Não posso negar que batia um frio na barriga, pois percorrer sozinho 1200 km e se sujeitar a qualquer tipo de problema incluindo alguns mais graves é de deixar qualquer mãe com o coração na mão.
Rumei até o posto, enchi o tanque, verifiquei a calibragem dos pneus, verifiquei o equipamento. O relógio apontava exatamente 13:00 hrs. Aí foi só cair na estrada.
Sem oração e somente com cautela lá fui eu, o começo foi complicado, 13:00 hrs é hora de todos voltarem pro trabalho, transito lento, bastante caminhões e seguiu assim até a cidade de Indaial, após a estrada limpou e começou a fluir melhor... Em Apiúna encontrei quatro motos dos Abutres, que iria encontrá-los no encontro, no dia seguinte.
Primeira parada foi no trevo da intersecção das rodovias BR-116 com a SC-470, as 15:00 hrs perto de Curitibanos, 239km depois da saída. Desce da moto, abre o tanque, pede pro frentista usar estopa pra não correr o risco de pingar gasolina fora do tanque (Sempre tenho que pedir isso), alonga, paga a conta, faz a média (14,00 km/l), veste tudo de novo e mais um trecho.
Metade do primeiro trecho estava feito. Faltavam mais 245 km até a casa de mês pais aonde iria pernoitar. Depois do trevo de curitibanos, vieram boas estradas, longas retas. Por muito tempo foi possível andar em velocidades razoáveis, beliscando os 200km/h, eram tantas retas que meu capacete novo da Shark e jaqueta de couro proporcionaram tanto conforto que o sono era terrível em cima da moto.
17:30 hrs chego ao primeiro destino. Xanxerê – SC cidade próxima ao encontro, cidade de meus pais. Em quatro horas e trinta minutos percorri 484 km sem nenhum susto ou qualquer tipo de problema. Cheguei cedo, mas muito cansado, foi à primeira vez que viajei com mochila, minhas costas estavam em lástimas.
09/02/08, Sábado depois daquele saudoso almoço, liguei pro meu Tio, um XTzeiro de paixão, daqueles que você pode falar mal da mãe, mas não das XT. Foi desligar o celular e caiu o primeiro pingo de água no nariz e aquele pensamento: “Eu acho que está vindo uma garoa...” De qualquer forma, partimos mesmo assim, eram 74 km até o encontro rapidinho estaríamos lá.
Daqui em diante eu poderia resumir todo o resto do final de semana em uma só palavra: “Chuva”. A chuva foi tão forte a ponto de vermos árvores derrubadas, carros parados no acostamento e cidades sem energia elétrica, foi uma garoa nervosa... Com todo cuidado levamos nossas motos como se estivéssemos levando debutantes ao baile. Visibilidade quase zero, buracos cheio d’água, meu tio com a XT ia sem problemas, já o Neto... Todo o trecho até o encontro chovendo, chegamos no encontro mais chuva.
O encontro foi bem organizado, parque fechado com seguranças na entrada bandas e tudo mais. Ficamos por lá, reencontramos amigos, fizemos contatos, conferimos outras motos e pronto.
A chuva deu uma trégua, o sol tímido queria aparecer... Resolvemos voltar, já era boca da noite. Eu com minha jaqueta de couro molhada agora pesando 45 kg. Pegamos o caminho de volta. Volta foi tranqüila.
10/02/08, Domingo, depois de outro saudoso almoço eu tinha que voltar e a chuva nem pensava em parar... Coloquei capa de chuva por baixo da roupa, vedei tudo e tinha que vir. Eram muito últimos 484 km.
Chuva, chuva, chuva e mais chuva... Asfalto liso feito um sabão, transito terrível e acidentes. Tudo isso desprendeu muita atenção o que acabou me levando há um nível de stress e cansaço terrível a noite.
Mas o conjunto foi perfeito, alguma que outra escorregadela, mas nenhum susto grave. Parei no mesmo posto em curitibanos para abastecer, limpar o capacete, pois o spray vindo dos carros a frente deixou o capacete parecido com um tijolo. Alonguei e peguei a estrada.
Mais uma parada em pouso redondo pra tomar um café e tentar esquentar um pouco, a jaqueta de 45 kg estava pesando demais! Limpei o capacete e rumo a Brusque!
Pit-Stop rápido em Blumenau desta vez pra esticar as pernas dar um "Oi, esta tudo bem" pro pessoal, tomar uma cerveja e contar como foi a viagem. Cheguei em casa o relógio beirava as 21:00 hrs e o marcador estava pra lá dos 1100 km.
A viagem foi ótima, fiquei três dias fora de casa e parecia que eu estava há trinta dias. Espero que eu continue assim nas viagens e nos relatos!
MAPA:
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ÁLBUM DE FOTOS:
Abraço
Primo Tacca Neto
Final de semana, depois de muito tempo o sol abriu, e claro como de costume, não tinha um encontro se quer pra ir, pois se tivesse com certeza estaria chovendo. Na agonia de sair de casa com a moto, fiquei sabendo que tava rolando o Arrancadão do Vale, e como o que vale é ver velocidade e motores subindo giro, resolvi passar em Balneário Camboriú pegar o João meu primo mais novo e levar ele pra sentir a adrenalina dos motores zunindo, e também respirar toda poluição e também toda borracha queimada possível. Resumindo: Um belo dia pra respirar metanol e emborrachar o pulmão.
Chegar ao local não foi o mais fácil, não havia se quer uma placa indicando o caminho. Andando pra cá e pra lá girando, indo, voltando conseguimos chegar. Um kilo de alimento mais R$ 10,00 era a entrada. O pessoal da organização era simpático, mas a organização como um todo deixou a desejar. Aqueles velhos problemas de todo arrancadão... Pessoal no fundo da pista atravessando de um lado pro outro, e lá iam os seguranças, organizavam o pessoal lá e começa o pessoal da frente a bagunçar... E assim foi pela tarde inteira. Até que um determinado momento um engraçadinho saiu algemado.
O nível dos carros na pista em minha opinião foi muito bom. A maioria estava muito bem alinhada, e o nível da preparação impressionou. Gols, Passat e Voiages turbinados, eram a atração principal, mas sempre tem aquele Opalão e nunca falta aquele Fusquinha até com para-quedas! Ficamos na largada, ali bem pertinho acompanhando aquecimento de pneus e vendo os carros largarem... Uma hora depois lá estávamos nós se dirigindo pro final da pista, a dor de ouvido era enorme e com ela a dor de cabeça. No final da pista os carros passando voando arrepiava bonito.
